Você já reparou antes de ver um filme, novela ou programa na televisão que aparece um número na tela? Esse número é da classificação indicativa do programa que será exibido, comunicando que ele é adequado a determinadas idades.
Agora, é possível que o YouTube seja obrigado a exibir o mesmo material nos seus vídeos.
Um debate será realizado no fim de abril organizado pelo Ministério da Justiça e pela Procuradoria Geral dos Direitos do Cidadão e pretende atualizar a política da classificação indicativa no país.
Em debate estará uma proposta para que os avisos da classificação indicativa sejam exibidos em plataformas online também, além de filmes, games e programas de TV.
Se a proposta for aprovada, canais no YouTube e filmes da Netflix terão de exibidir o aviso com a faixa etária permitida para os espectadores de cda vídeo.
"Quem cria conteúdo para ciranças e adolescentes tem uma responsabilidade social. Os 'Zuckerbergs' da vida tem sua responsabilidade sobre o conteúdo que é apresentado para crianças do mundo inteiro", falou Regina de Assis, doutora em Educação pela Universidade de Harvard, nos EUA.
Já Pedro de Santi, Psicanalista, comentou que os pais precisam "ganhar consciência de que conteúdo audiovisual na Internet não é igual na TV e que não podem deixar os filhos soltos na rede".
Por enquanto, esse é apenas um debate público sobre o tema. O Ministério da Justiça e a Procuradoria Geral dos Direitos do Cidadão chegarão a várias conclusões sobre diferentes assuntos após a realização desses debates e aprovarão normas (ou mandarão projetos de lei para o Congresso).
Esses projetos deverão ser analisados pelos deputados e senadores, votados e então sancionados pelo poder Executivo para serem válidos e passarem a valer no Brasil.
Representantes de plataformas de conteúdo online, como o YouTube, deverão participar dos debates para explicar se uma ação dessas, por exemplo, é viável do ponto de vista técnico.
Por exemplo, como determinar se um conteúdo é impróprio para menores de idade ou não? Seria necessário analisar vídeo por vídeo, o que pode ser um pouco complicado do ponto de vista técnico.
Ao mesmo tempo, o YouTube já tem uma equipe que faz um trabalho desse tipo. E aí, o que você achou da notícia?