Sair para beber e depois dirigir é um grande risco. O álcool pode afetar a percepção do motorista e é grande responsável por muitos acidentes todos os dias.
Por isso, aplicativos de carona como o Uber começaram a se popularizar recentemente. A pessoa pode sair, beber com os amigos e depois chama um Uber para ir para casa.
Às vezes dá errado. Houve um caso nos EUA que o cidadão foi viajar para outro estado, saiu para beber e depois pediu um Uber para voltar para "casa". Ao invés de acordar no hotel, acordou na própria residência, há centenas de quilômetros de distância e com uma conta de milhares de dólares para pagar.
Agora, o Uber registrou uma patente nos EUA de uma tecnologia capaz de entender se a pessoa que pediu o carro está embriagada ou não.
A tecnologia usa aprendizado de máquina para definir qual o "estado do usuário", para entender quais estão "normais" e quem está "alterado".
Segundo a patente, a tecnologia do Uber usa aprendizado de máquina para estabelecer padrões normais de comportamento do usuário no próprio celular.
Dados como localização, eficácia de aplicação de dados, velocidade de aplicação de dados, comportamento com a tela e até mesmo o ângulo que o usuário segura o aparelho serão usados para definir se você está bêbado ou não.
Pense assim: como você digita no celular normalmente? Você erra muitas vezes? Deve cometer alguns erros, como todo mundo, mas no geral digita corretamente, certo?
Já bêbado, você provavelmente digita mais devagar e com mais erros. Usando essas informações, combinado com a sua localização (está perto de bares?), mais o ângulo do celular e se você mexe na tela com a mesma precisão, velocidade e pressão que o normal, o sistema consegue prever se o usuário está bêbado ou não.
Com isso, o sistema então poderia avisar o motorista de que o passageiro está bêbado para ele se "preparar" para a viagem. Além disso, o sistema poderia direcionar passageiros embriagados para motoristas que possuem treinamento especial para lidar com essa situação.
O problema é que o Uber se tornou um lugar para comportamento predatório e malicioso de muitos motoristas. Só nos EUA, são mais de 103 motoristas que foram acusados de assédio ou abuso sexual nos últimos anos, com a maioria dos casos com passageiras embriagadas.
Ou seja: esse sistema poderia ser um grande problema nesse caso. Portanto, é um fator a se ter atenção para ver se a tecnologia é implementada ou não no Uber.