Depois de um longo período de explosões, incêndios e até mesmo um recall, a Samsumg abriu mão do seu projeto e avisou os seus consumidores: é melhor desligar permanentemente o Galaxy Note 7.
A gigante coreana emitiu um comunicado na noite de ontem, segunda-feira (10 de outubro), recomendando a todos os seus usuários que desliguem o smartphone imediatamente e que procurem as lojas onde adquiriram o produto para um reembolso ou a troca por outro smartphone.
As vendas do Galaxy Note 7 já foram interrompidas nos principais países do mundo à pedido da própria Samsung: "A segurança dos consumidores é nossa maior prioridade e por isso pedimos que todas as operadoras, varejistas e parceiros globais interrompam as vendas enquanto as investigações estão em andamento" disse o comunicado da empresa.
Nos EUA, o Galaxy Note 7 já tinha tido suas vendas interrompidas pelas quatro grande operadoras do país (a Verizon, Sprint, T-Mobile e AT&T) e também pelas principais lojas do segmento nos EUA, como a Best Buy.
No Brasil, o Galaxy Note 7 nem chegou a ser comercializado oficialmente e, aparentemente, nem será. Ao TechCrunch, a Samsung confirmou que interrompeu de maneira permanente a produção do Galaxy Note 7 - ou seja: o celular não será mais vendido e nem produzido.
O Galaxy Note 7 foi lançado pela gigante coreana em agosto desse ano, agitando o mercado.
O smartphone chegou com grandes promessas, oferecendo a melhor câmera fotográfica do mercado, uma configuração extremamente alta e uma primazia enorme no seu design.
Porém, não demorou muito para os primeiros problemas surgirem, com muitos casos de unidades explodindo e entrando em combustão pelo mundo.
Não demorou muito para a Samsung identificar o problema e fazer um recall de proporções globais: a empresa coreana mandou recolher muitos celulares do mercado e substituiu-os por unidades supostamente seguras.
De acordo com a Samsung, o problema do Galaxy Note 7 estava na sua célula da bateria, que teria sido mal-fabricada por uma empresa subsidiária da própria Samsung.
A má fabricação da bateria teria deixado em contato um elétrodo negativo com um positivo, conhecido como ânodo-cátodo, o que faria com que a bateria superaquecesse e explodisse.
Um dos casos mais famosos com o Galaxy Note 7 aconteceu dentro de um avião, pouco antes da decolagem, o que obrigou a evacuação dos passageiros e cancelamento do vôo.
Com a retirada do Galaxy Note 7 do mercado, a Samsung deverá arcar com um enorme prejuízo nesse ano e tentar recuperar o terreno perdido no ano que vem. Já a Apple sorri à toa com o mercado livre para o seu iPhone 7 – pelo menos até o lançamento do Google Pixel.