O lançamento do jogo Pokémon Go foi um dos grandes lançamentos do mundo em 2016 e, agora, seu impacto pode começar a ser sentido em outros ambientes.
Um dos atrativos do jogo foi o uso da realidade aumentada, uma tecnologia que já existia antes, mas que não tinha sido tão popularizada assim.
Com a AR (realidade aumentada), o jogador é capaz de enxergar pokémons no cenário ao seu redor e capturá-los com suas pokébolas.
Agora, cirurgiões e engenheiros da Universidade de Duke, uma das melhores dos EUA, querem usar a mesma tecnologia para auxiliar o trabalho realizado em cirurgias cerebrais.
Existe um procedimento realizado por neurocirurgiões que se chama inserção de dreno extraventricular. Basicamente, algumas pessoas podem acumular um pouco de líquido em seu cérebro.
Esse líquido pode causar uma pressão tão grande que, se não for aliviada, pode até mesmo matar o paciente.
Por isso, a inserção de dreno extraventricular existe para que o cirurgião possa colocar um dreno dentro do cérebro do paciente através de um pequeno furo no seu crânio, de modo a remover esse líquido.
Porém, essa cirurgia é extremamente complicada pois não dá para abrir a cabeça do paciente e inserir o dreno. A inserção tem que ser feita através de um pequeno furo e os cirurgiões precisam se guiar através das tomografias realizadas anteriormente e de instruções extremamente precisas previamente planejadas.
Ou seja: é como dirigir um caminhão, no escuro, numa estrada de terra extremamente estreita e seguindo um GPS de alguém que só viu uma foto do caminho uma vez.
Bem difícil, não é mesmo?
O que o grupo de pesquisadores da Universidade de Duke querem fazer é usar o HoloLens, um dispositivo de realidade aumenta desenvolvido pela Microsoft, para facilitar o trabalho.
A tecnologia proposta por eles é de usar as imagens das tomografias dos pacientes para criar o cérebro do paciente em realidade aumentada e permitir que os neurocirurgiões possam "ver" o cérebro que vão operar.
Assim, eles serão capazes de fazer a cirurgia com mais facilidade.
O projeto ainda está em um estágio de desenvolvimento muito inicial e deverá levar algum tempo ainda para que essa tecnologia chegue aos hospitais e seja utilizada. Porém, o progresso está sendo feito.
Assista abaixo uma demonstração: