A Universade do Arizona se aliou com a NASA para trabalhar no desenvolvimento da solução para um dos maiores problemas da Humanidade na sua vindoura viagem e colonização de Marte: a capacidade de gerar comida fora do planeta Terra.
As duas instituições começaram a realizar testes nessa semana com um protótipo de estufa para levar até o Planeta Vermelho e ser capaz de criar frutas, verduras e legumes que vão alimentar os astronautas terrestres durante a permanência no Planeta Vermelho.
Chamado de Prototype Lunar/Mars Greenhouse, algo que ficaria como Protótipo de Estufa Lunar/Marciana em tradução livre, o equipamento é composto por uma estufa em formato de tubo que é inflável e tem cerca de 5,5 metros de comprimento e 2,2 metros de diâmetro. Além de ser capaz de cultivar plantas (frutas, legumes e vegetais), o protótipo é capaz de reciclar água e ar para os astronautas, se caracterizando por ser um sistema biorregenerativo de suporte a vida.
A estufa funciona de modo relativamente simples. Ela pegaria o gás carbônico emitido pelos astronautas na hora da respiração (todos nós exalamos esse tipo de gás). Com o gás carbônico, a estufa vai nutrir as platas que estão sendo cultivadas. Como a fotossíntese das planas pega gás carbônico, transforma em alimento para elas e então devolve oxigênio para o ambiente, esse sistema geraria um ciclo de respiração para os astronautas e para as plantas em si.
Além do oxigênio, as plantas precisariam de água, que poderia ser levada da Terra ou encontrada em Marte (em qualquer estado físico). Se água marciana for utilizada, os astronautas precisariam oxigená-la e enriquecê-la com vários sais nutrientes, para que essa água possa passar pelas raízes das plantas e então voltar para o sistema de armazenamento de água.
O grande problema com esse protótipo, por enquanto, é o grande problema geral de se fazer plantações na Lua ou em Marte: o Sol. Como a Lua ou Marte não possuem uma atmosfera tão grossa como a da Terra, eles sofrem com a radiação do Sol, que é muito mais forte nesses locais. Como a radiação é tão intensa, as plantas acabariam morrendo se fossem expostas a essas condições.
Assim, a solução provável seria enterrar a estufa inflável no solo de Marte (ou da Lua). Porém, assim elas não obteriam luz para poder realizar a fotosíntesse e não se desenvolveriam.
Para solucionar esse problema, os cientistas da NASA e da Universidade do Arizona estão trabalhando uma tecnologia que iria captar a luz solar através de painés específicos e então iriam canalizar as suas frequências de luz através de ondas eletromagnéticas para as plantas enterradas. Esse sistema permitiria o desenvolvimento das plantas, pelo menos em teoria.
Por enquanto, os astronautas e cientistas da NASA estão testando a possibilidade de desenvolver alface e batata nessas condições e então expandir as pesquisas para outros alimentos.