Lembra da história de que as operadoras de Internet no país queriam limitar o consumo de Internet no país? Pois bem, apesar do presidente da Anatel dizer que a liminar que impedia esse tipo de coisa ainda continuar ativa e provavelmente continuar por bastante tempo, o Ministro Gilberto Kassab discorda da ideia e revelou que o consumo limitado começará a partir do segundo semestre desse ano.
Em entrevista ao Poder360, o Ministro da Ciência, Tecnologia e Comunicações revelou que a regulamentação da venda dos pacotes de dados e o término da oferta da internet de banda larga fixa ilimitada chegará no segundo semestre desse ano, dizendo que essa mudança será "benéfica" para o setor.
Segundo o ministro, o objetivo é "beneficiar o usuário". Kassab ainda afirmou que o Brasil terá um período de adaptação para que o choque não seja tão grande assim após a mudança.
Apesar de afirmar que a novidade será benéfica para o consumidor e que o governo está sempre do lado dos usuários, o ministro falhou em explicar exatamente como o consumidor irá se beneficiar dessa novidade.
Tendo como base os planos de Internet banda larga da Vivo, a empresa que iniciou esse papo de limitar o acesso e a única que já revelou como vai funcionar o seu sistema de controle de dados, o pacote mais usado seria o de 10 Gigas por mês.
Esse pacote limitaria o uso da Internet em uma casa a, por exemplo, apenas 4 horas de Netflix (cerca de menos de 2 filmes) por mês. Isso sem contar o uso no Facebook, Twitter, emails ou outros sites.
A Netflix, por exemplo, morreria no Brasil, assim como o Spotfy, Youtube e uma série de outros serviços online que dependem do acesso livre à banda larga.
Por enquanto, a proposta para sair do papel precisa ganhar um formato específico e ser aprovada pelas pessoas. Mesmo assim, é possível que o Judiciário ou o Legislativo intervenham com base no Marco Civil da Internet (que proíbe esse tipo de situação) e possam bloquear essa proposta, como aconteceu no ano passado.