Segundo alguns pesquisadores da Microsoft, radicados na Universidade de Delft, na Holanda, a empresa está bem próxima de conseguir desenvolver um computador quântico.
Esse computador, por enquanto limitado em quantidade, seria capaz de revolucionar completamente a computação como conhecemos hoje.
O anuncio foi feito feito após os pesquisadores descobrirem como criar férmions de Majorana em um minúsculo fio composto por materiais semicondutores e supercondutore.
Um férmio de Majorana, para quem não conhece, é uma quase-partícula (ou quasipartícula), que tem uma característica muito interessante: é também a sua própria antipartícula.
Ou seja: ela é ela, mas também antiela. Faz sentido?
Dessa forma, os férmions seriam uma maneira que os pesquisadores encontraram de criar um computador quântico que tenha uma taxa de erro muito menor do que outras tentativas realizadas por outras empresas como o Google ou mesmo o IBM.
Isso acontece porque um computador quântico precisa gerar e trabalhar com qubits, ou bits quânticos. A maneira de produzir esses bits pode diferenciar. O Google, por exemplo, já conseguiu criar qubits, mas não desenvolveu o computador quântico ainda.
Isso porque o seu projeto de criação de qubits é diferente do da Microsoft, que agora usará os férmions para esse trabalho, com uma taxa de sucesso bem maior.
O próximo passo da pesquisa no momento é conseguir transformar os férmions em qubits e então começar a armazenar dados neles. Quando isso acontecer, ficará mais simples montar um computador quântico e revolucionar a computação atual.
A perspectiva da Microsoft é que a empresa consiga esse objetivo em até cinco anos.
A notícia é impactante porque existem poucos computadores quânticos no momento, em modelos muito específicos e com poucas perspectivas de melhorias. A tecnologia da Microsoft é a mais indicada, no momento, para conseguir transformar o desenvolvimento de computadores quânticos em algo mais comum.
Esses computadores são muito poderosos e podem resolver algoritmos e questões que levariam centenas e centenas de anos em um computador normal.
Um dos dilemas que isso levaria, por exemplo, é que reduziria o tempo para quebrar criptografias. Mas, ao mesmo tempo, forneceria criptografia ainda mais poderosa.
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