Quem prestou atenção às aulas de Ciências no Ensino Fundamental, sabe que a menor parte de um ser humano são as células.
São elas que compõem todo o nosso corpo: o sangue, os órgãos, tecidos, ossos e todo o resto que nos forma.
Portanto, as células são vitais para a correção de diversos problemas de saúde que os humanos enfrentam atualmente.
Um dos piores problemas para nós é a fragilidade da nossa medula espinhal. Uma lesão ali pode resultar na perda permanente do controle dos nossos membros (braços e pernas), perda da força, da sensibilidade e outras funções do nosso corpo.
Claro que hoje em dia existem diversos aparelhos que ajudam na reabilitação do corpo humano após uma lesão dessas, mas ainda não há uma maneira de reverter problemas de longo prazo causados por lesões na medula espinhal.
Médicos e engenheiros da Universidade de Minnesota, nos EUA, criaram uma máquina que funciona como uma impressora 3D e é capaz de imprimir células de reposição para as áreas afetadas na medula espinhal.
Essas células feitas de silicone podem ser implantadas na região machucada da espinha e servir como uma ponte entre as células vivas acima e abaixo da lesão.
Com isso, a ideia é que as dores sentidas pelos pacientes possam diminuir e eles possam até mesmo recuperar algumas funções do corpo, como controlar os músculos do intestino ou da bexiga.
O processo para o desenvolvimento dessa técnica levou 2 anos. Inicialmente, os pesquisadores conseguiram criar células adultas normais, da pele e do sangue.
Depois, com técnicas de bioengenharia, passaram a reprogramar essas células em células-tronco neurais.
A partir daí os engenheiros começaram a imprimir essas células em um guia de silicone. Esse guia permite que as células se mantenham vivas e possam se transformar em neurônios.
O último passo foi desenvolver um protótipo que possa ser implantado cirurgicamente na parte danifica da medula espinhal do paciente para tentar fazer a ponte entre as células vivas dos dois lados da lesão.
No momento, a taxa de sucesso da tecnologia é alta: 75% de todas as células criadas se mantêm vivas e se transformam em neurônios.
Essa tecnologia pode ajudar muita gente: só no Brasil são 10 mil novos casos de lesões na medula espinhal por ano. No Japão, são 200 mil casos atualmente e mais 5 por ano, enquanto nos EUA são 285 mil pessoas que sofrem desse problema e 17 mil novas todos os anos.
Com os tratamentos de células-tronco atuais, os médicos conseguem o suficiente para tratar apenas 100 novos pacientes por ano. Quantidade insuficiente, claro.
Com essa nova tecnologia, a quantidade de células disponíveis para esses tratamentos será muito maior.
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