Falta pouco para as agências de segurança nos EUA, a CIA, o FBI e a NSA, poderem coletar informações de qualquer pessoa sem a necessidade de autorização da Justiça.
A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, o equivalente a nossa Câmara dos Deputados, aprovou uma lei que autoriza o programa de vigilância de Internet no país e autoriza as agências de inteligência a coletar dados de pessoas sem a necessidade de autorização judicial. O Senado também já aprovou a Lei e só falta o presidente americano, Donald Trump, assinar a aprovação para a lei ser oficializada.
Em 2013, Edward Snowden denunciou uma ação semelhante nos EUA, enfrentando represálias e sendo obrigado a se esconder na Rússia, para não ser preso e julgado por traição.
Na ocasião, ele expôs como os EUA investigavam e armazenavam informações sobre milhões de pessoas do mundo todo, incluindo líderes de estado, como a então presidente do Brasil Dilma, a Chanceler da Alemanha Angela Merkel e outros líderes mundiais.
A nova lei modificia a Seção 702 da Lei de Vigilância de Inteligência Estrangeira, que já pode recolher dados e informações de estrangeiros. Dessa vez, a lei permitirá que as informações de cidadãos americanos sejam coletadas também, sem represálias para as agências de inteligência.
Segundo os membros do Partido Republicano, que possui maioria nas Câmaras dos Representantes e no Senado e que é responsável por esse projeto de lei, a mudança é essencial para a segurança nacional nos EUA.
Para os cidadãos, se trata de um caso de perda de privacidade online, já que seus dados serão investigados, analisados e coletados livremente, incluindo conversas telefônicas, fotos online e conversas particulares com amigos no Facebook.
Essa é a segunda grande mudança na Internet nos EUA que o país passa em menos de seis meses, já que foi recentemente que o país aprovou o fim da neutralidade de rede e permitiu que as empresas que fornecem conexão com a Internet possam oferecer pacotes de acesso a diferentes aplicativos ou sites.
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