O Japão é um dos países mais tecnológicos do planeta e quer se manter assim, preparando novos projetos para o futuro. Além do projeto de um carro voador para as Olimpíadas 2020, o Japão quer também construir o supercomputador mais potente do mundo.
O plano japonês é de recuperar a hegemonia e a liderança tecnológica na Ásia, especialmente numa época em que China e Coréia do Sul começam a despontar como os principais protagonistas tecnológicos da região.
O plano de construir o supercomputador mais potente do mundo é audacioso. Os japoneses vão investir 19,5 bilhões de ienes, o equivalente a 590 milhões de reais na cotação atual. A ideia é que a máquina desenvolvida possa operar em 130 petaflopes, o que significa que ela vai poder fazer o equivalente a 130 quatrilhões de cálculos em apenas um segundo. É muita coisa!
Para se ter uma noção, esse aparelho seria 40% mais potente do que o atual computador mais potente do planeta.
O Sunway TaihuLight, desenvolvido na China, é o supercomputador mais rápido do mundo, capaz de alcançar 93 quatrilhões de cálculos por segundo.
As aplicações práticas desse supercomputador japonês já estão determinadas.
O governo, através do Instituto Nacional de Ciência Industrial Avançada e Tecnologia, determinou que o computador será usado primordialmente para duas tarefas.
A primeira será para gerar avanços no campo da inteligência artificial, especialmente na área de aprendizado profundo, para que as máquinas possam tentar imitar o cérebro humano para aprender novos conceitos e poder realizar funções sem que precisemos de muita interação com humanos.
Já o segundo uso do supercomputador será extremamente comercial e protecionista. O computador estará disponível para empresas japonesas. A ideia é evitar que essas empresas vão atrás da Google ou Microsoft, empresas americanas, para processar uma grande quantidade de dados, mantendo seus segredos e esforços dentro do Japão.
Parece incrível, não é mesmo? Esse supercomputador parece muito superior a qualquer coisa que a humanidade já tenha criado, mas é importante lembrar que a Inteligência Artificial pode ser perigosa, especialmente com uma “arma” dessas disponível.
Vamos ficar de olho para saber que outras novidades surgem desse projeto tão audacioso.