O telescópio Hubble é uma das peças de tecnologia mais importante para a Humanidade e fez uma constribuição inestimável para nós, nos ajudando a compreender melhor o Universo.
Nessa semana, ele marcou ainda mais um recorde antes da sua "aposentadoria": fotografou a estrela mais distante já vista pela Humanidade.
Astrônomos usaram o Hubble para conseguir registrar uma imagem da MACS J1149+2223 Lensed Star 1, cujo nome "popular" é Ícaro (baseado no personagem da mitologia grega, que criou asas de cera para poder voar, mas as perdeu quando voou muito perto do Sol e elas derreteram).
A Ícaro está localizada a cerca de 9 bilhões de anos-luz da Terra. Isso significa que a imagem que temos dela é de 9 bilhões de anos atrás, antes mesmo da Terra ter sido formada, o que é como uma espécie de viagem ao passado.
A Ícaro é uma supergigante azul, que é um tipo de estrela maior e mais densa que o normal. Essa estrela, em específico, é muito maior, mais densa, muito mais quente e brilhante que o nosso Sol, por exemplo.
Além do fato de ser a estrela mais longínqua que já registramos, essa foto do Hubble você pode conferir abaixo ou aqui na resolução padrão disponibilizada tem outro fato interessante em termos científicos.
Essa foi a primeira vez que os cientistas conseguiram usar o efeito chamado de "lente gravitacional" para conseguir observar uma estrela.
De forma superficial, esse efeito acontece quando a gravidade acumulada de várias galáaxias juntas faz com que a luz delas seja dobrada pelo espaço-tempo. Isso significa que a luz que recebemos para tirar a foto é amplificada, como se usássemos uma lupa. Foi por isso que conseguimos tirar uma foto dessa estrela tão longínqua.
Com essa nova tecnologia, cientistas podem estudar estrelas mais distantes de forma mais detalhada e cuidadosa, obtendo mais informações sobre outras partes do universo.
O "problema" disso é que o Hubble, que tem quase 10 anos de história, deverá ser aposentado esse ano. Ele ficará sem combustível nos próximos meses e perderá contato com a Terra, vagando pelo espaço sem rota.
A NASA já tem um novo telescópio, chamado Tess, que será lançado no dia 16 de abril para manter a missão de encontrar e catalogar novos planetas pelo universo.
Além disso, o telescópio James Webb, maior e mais poderoso que o Hubble, será lançado em 2020 para aumentar nosso potencial de enxergar o universo.