Desde que Michel Temer assumiu a Presidência do Brasil após o processo de impeachment de Dilma Rousseff, a página do Palácio do Planalto no Facebook tem sido alvo de um protesto initerrupto: o chamado vomitaço.
Muitos cidadãos tem ido diariamente até as postagens oficiais da página do Palácio do Planalto para postar o emoji de vômito do Facebook em protesto contra as ações do governo de Michel Temer e contra o processo de impeachment como um todo.
Além da página do Palácio do Planalto, a página pessoal de Michel Temer também tem sido alvo desse tipo de protesto.
Segundo o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, esse tipo de protesto no Facebook pode estar com os dias contados.
O jornalista revelou que representantes do Palácio do Planalto procuraram o Facebook para conversar sobre maneiras de impedir que os usuários façam o vomitaço na sua página oficial.
A ideia é que qualquer post com esse emoji seja bloqueado ou deletado automaticamente, proibindo a livre manifestação de pensamento e de protesto por parte dos cidadãos.
Segundo o próprio Lauro Jardim, o Facebook revelou para o Palácio do Planalto que não conta com um sistema que possa detectar ou bloquear um determinado emoji das suas páginas. Por enquanto, o Facebook só sabe como identificar repetições de texto e cortá-las como SPAM dos comentários.
O grande problema aqui é que os vomitaços não se tratam de um SPAM, como o Palácio do Planalto diz, mas sim de um protesto, já que são realizados por várias pessoas diferentes e com motivação política. Por isso, um bloqueio a esse tipo de atitude seria, no mínimo, mal visto pelo Facebook.
Do ponto de vista técnico, o Facebook não poderia simplesmente bloquear o emoji da página do Palácio do Planalto porque o emoji, em si, não tem nada de errado. Não se trata de um SPAM para levar usuários para outro site ou página nem com conteúdo ofensivo. Assim, não daria para bloquear exclusivamente um único emoji de uma única página já que isso não é um SPAM.
Por enquanto,a notícia dessa tentativa de bloqueio do protesto por parte do Palácio do Planalto pegou mal e mostra como a tecnologia pode ter uma função vital na vida das pessoas de um país.