A União Europeia divulgou nessa semana que vai multar a Google no incrível valor de 4,3 bilhões de euros (ou mais de R$ 19 bilhões) por causa de uma ação de antitruste movida contra a Gigante das Buscas.
Segundo a ação, a Google é acusada de dominar 80% do mercado de sistemas operacionais com o Android usando práticas de mercado ilegais.
A ação refere que a Google usa restrições aos fabricantes de dispositivos, uso do Android e operadoras de rede para que o tráfego na Internet seja direcionado para o seu mecanismo de pesquisa.
Basicamente, o Google foi acusado de usar o alcance do Android para criar hegemonia no seu buscador.
Depois da notícia da multa, o CEO da Google, Sundar Pichai, divulgou um post no seu blog oficial defendendo a empresa e ameaçar que talvez o Android pare de ser pago.
Segundo o executivo, um usuário normal do Android tem cerca de 50 aplicativos instalados no seu smartphone. Portanto, se a "Google for impedida de enviar seus apps pré-instalados para os usuários, prejudicará o ecossistema do Android".
Basicamente, se a Google for obrigada a parar de enviar seus aplicativos pré-instalados com o Android para fabricantes como Samsung, Huawei, Xiaomi e outras, então cada fabricante terá de desenhar seus próprios navegadores e aplicativos.
Se isso acontecer, então o modelo de lucro da Google pode sofrer um baque e o Android teria de ser pago para ser usado.
Nesse caso, as fabricantes teriam de criar sistemas operacionais próprios ou pagar para usar o Android.
Se fosse a primeira opção, teríamos uma pluralidade de sistemas que pode ser prejudicial para o desenvolvimento de novos aplicativos. Do outro, os celulares possivelmente ficariam mais caros.
Ainda não está claro se essa ameaça é apenas um blefe do CEO da Google ou se realmente o Android pode deixar de ser um sistema operacional gratuito e passar a ser pago.
Seja como for, teremos mais novidades dessa novela em breve, já que a Google pretende apelar da decisão da União Europeia e tentar recorrer em corte para mudar a decisão.
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