Você deve se lembrar que a SpaceX, empresa liderada por Elon Musk (que também é o CEO da Tesla), está fazendo vários testes e lançamentos de foguetes para começar a atuar de maneira comercial no transporte de cargas e pessoas para o espaço.
Um dos seus lançamentos recentes foi o Heavy Falcon, um foguete capaz de lançar objetos para a órbita de Plutão se necessário for, tudo isso com propulsores inteligentes capazes de retornar para a Terra e serem reutilizados pela empresa. Na ocasião, o foguete levou um carro da Tesla, que era do próprio Elon Musk, com um boneco no volante.
Porém, esse não foi o primeiro lançamento da Tesla. E nem o último, claro.
Um outro lançamento, realizado em 2017, voltou a ser notícia recentemente pelos danos causados ao nosso ambiente e que podem afetar o seu dia a dia a qualquer momento.
Um Falcon 9 da empresa, lançado em 2017, causou um buraco enorme na ionosfera do planeta. Esse buraco pode causar o sistema GPS de funcionar erroneamente.
O que aconteceu foi o seguinte: o Falcon 9 foi contratado para colocar o satélite Formosat-5 em órbita em 2017.
Como o satélite ficará operacional em uma órbita específica, era mais fácil para o foguete ser lançado numa rota mais íngreme, ao contrário do tradicional "V" que os foguetes fazem (no caso, saem de um ponto, chegam ao ápice no espaço e depois caem em simetria formando o V).
Segundo o pesquisador Min-Yang, da Universidade Nacional Cheng Kung em Taiwan, foi exatamente isso que aconteceu e causou o problema:
"Durante o vôo, o foguete supersônico induziu ondas acústicas de choque circulares gigantescas sobre o oeste dos Estados Unidos, aproximadamente 5 minutos após o lançamento".
O resultado dessas ondas acústicas de choque foi uma abertura de cerca de 900 quilômetros de diâmetro na ionosfera, que é uma camada formada por elétrons e íons livres.
O problema é que esse buraco pode causar problemas no funcionamento do GPS, especialmente naquela região, mas possivelmente em outros lugares do mundo.
Para consertar esse problema, os aparelhos de GPS pelo mundo terão de atualizar seus protocolos para funcionar corretamente por causa desse buraco na ionosfera. Além disso, novos lançamentos de foguetes terão de levar isso em conta para não causar novos buracos.