Prepare-se para substituir seu smartphone por um óculos especial em cinco anos. Isso se formos acreditar no Facebook, claro.
A rede social reliza nessa semana uma conferência chamada F8, que é destinada exclusivamente para desenvolvedores de todos os tipos e para todas as plataformas. Durante o evento, na sua palestra de abertura, Mark Zuckerberg afirmou que a próxima grande plataforma de computação a surgir serão os óculos.
Michael Abrash, pesquisador chefe da Oculus (que é a empresa que desenvolve o Oculus Rift, visor de realidade virtual que o Facebook adquiriu há alguns anos), afirmou em uma outra palestra que até 2022 os óculos de realidade aumentada vão começar a competir e a substituir os smartphones para se tornarem os novos gadgets essenciais na vida das pessoas da nossa sociedade.
Abrash disse que, apesar de toda a atenção que a realidade virtual recebe hoje, ainda vai demorar uns 5 anos para que a tecnologia esteja pronta para realmente começar a se espalhar pela sociedade, em algo que ele chama de momento Macintosh.
O Macintosh foi o computador que a Apple lançou em 1984, o primeiro computador caseiro com uma interface gráfica orientada pelo usuário. Ou seja: em 5 anos teremos o "primeiro Mac" de óculos, o primeiro produto realmente focado e pensado para o consumidor final e não um desenvolvedor ou um early adopter de tecnologias.
Segundo o pesquisador, mesmo nesse estágio ainda levará anos para termos o potencial total dos "smart-óculos" ou seja lá que nomes eles terão. Ele disse que, em 20 ou 30 anos, levaremos "óculos estilosos" para todo o lado, oa invés de smartphones estilosos. Ele afirma que esses óculos vão oferecer "realidade aumentada, virtual e tudo que há entre os dois".
Atualmente, já existem dois dispositivos que encaixam nas descrições de Mark Zuckerberg e Michael Abrash: o HoloLens, da Microsoft, e o Google Glass, da Google. O HoloLens sobrepõe imagens na vista do usuário com detalhes tridimensionais, permitindo não apenas que jogos sejam rodados nele, mas todo o trabalho de PCs, celulare se tablets também. Por enquanto, o dispositivo só está disponível para desenvolvedores e tem vários problemas, como visão limitada e um tamanho enorme.
Já o Google Glass fracassou por causa do seu alto preço, limitações técnicas e problemas com segurança e privacidade do usuário.
Agora parece que o Facebook entrará nessa briga com tudo para transformar o futuro dos óculos de realidade virtual e aumentada. O que esperar desse futuro? Dê sua opinião no campo de comentários abaixo!