Uma empresa norte-americana recebeu nessa semana o financiamento para tentar desenvolver um produto muito interessante: congelar o seu cérebro.
Pense assim: imagine a possibilidade de um dia, no futuro, nós desenvolvermos uma máquina capaz de fazer o upload do seu cérebro para um computador ou um corpo robótico. Seria incrível, certo?
Séries de TV como Black Mirror ou filmes como Matrix já trabalham com essa possibilidade em suas histórias fictícias.
Agora, a Nectome pretende levar essa tecnologia para a vida real em breve. A empresa foi uma das selecionadas pela Y Combinator, uma aceleradora de startups especializada em investir dinheiro em ideias bem ousadas.
Ela recebeu $120 mil dólares dessa aceleradora e mais 960 mil dólares do Instituo Nacional de Saúde Mental nos EUA. Esse investimento público, aliás, prevê o direito da empresa explorar a oportunidade comercial de oferecer preservação cerebral com oum serviço ao público.
Além disso, a empresa também recebeu um prêmio de 80 mil dólares da Brain Preservation Foundation nos EUA, especializada na tecnologia de preservação cerebral.
Então o que isso significa? Basicamente, a Nectome pretende desenvolver a capacidade de fazer o upload de um cerebro para um computador em breve. Esse "breve" é relativo: pode levar décadas ou mesmo séculos para esse recurso existir.
Enquanto isso, a empresa oferece um serviço de alta tecnologia de preservação cerebral.
O interessado paga 10 mil dólares para entrar em uma lista de reserva da empresa e, assim que o serviço de preservação cerebral estiver disponível, ela terá seu cérebro congelado por quanto tempo for necessário.
Porém, o serviço é fatal. Ou seja: a pessoa morre e fica com o cérebro congelado até que a capacidade de upar o cérebro no computador seja possível, "revivendo".
25 pessoas já pagaram o adiantamento e fazem parte da lista de reserva da empresa, incluindo Sam Altman, investidor de 32 anos e fundador da Y Combinator.
Como era de se esperar, esse “serviço” já está causando polêmica e sério debate ético na comunidade científica. Isso porque ainda não dá para provar (e garantir) com certeza que as “informações” do cérebro continuam lá após o procedimento.
Ou seja: não dá para ter certeza que “você” continua no seu cérebro após o procedimento de congelamento ser realizado, o que pode fazer com que seja tudo inútil.
E aí, o que achou da notícia?