Na madrugada do dia 4 de julho, dia da Independência dos EUA, a Coreia do Norte realizou um novo teste com um míssil de guerra.
O país asiático testou um míssil capaz de atravessar continentes e, de acordo com a TV do país, a KCTV, tem o poder de "alcançar qualquer parte do mundo".
O Hwasong-14 é um míssil conhecido pela sigla ICBM, um míssil balístico intercontinental.
Isso significa que o foguete pode carregar uma bomba de grande poder, como uma ogiva nuclear por exemplo, e viajar entre continentes. A TV norte-coreana acredita que ele poderia chegar a qualquer lugar do planeta.
O teste feito nesse dia 4 de julho durou 39 minutos e o Hwasong-14 voou por 933 quilômetros, chegando a 2.802 quilômetros de altitude.
O míssil caiu no Mar do Japão após a queda.
Analistas especializados em armamentos de guerra dizem que o projétil pode ter um alcance máximo de 6,7 mil quilômetros, o que forneceria um raio suficiente para atingir a Coréia do Sul ou o Japão, mas não seria o suficiente para atingir "qualquer parte do mundo", como clama a TV norte-coreana.
Na verdade, o governo Russo e o governo dos EUA disseram que o Hwansong-14 tem capacidade de alcance mediano e não coloca em risco nenhum dos dois países, deixando apenas a Coreia do Sul e o Japão como possíveis alvos do país da Coréia do Norte - além da China, claro, que é uma aliada dos norte-coreanos.
Esse foi o 13º teste de mísseis realizado pelo país em 2017, o que ajuda a elevar as tensões com os países mais próximos, como o Japão e a Coreia do Sul, além dos dois gigantes China e EUA.
Como ainda estamos apenas no começo do mês sete desse ano, se os norte-coreanos mantiverem o ritmo ainda teremos mais 11 testes em 2017.
Se isso acontecer, a situação na península coreana pode se agravar ainda mais. Vamos torcer para que as coisas não saiam do controle, não é mesmo?
Por enquanto, todos os países mais próximos da região condenaram os testes militares e falam em conversas para estabelecer a paz na região. Em termos tecnológicos, tanto o Japão como a Coreia do Sul possuem defesas que poderiam (em teoria, pelo menos) evitar que um míssil desses acertasse suas cidades.