O cirurgião italiano Sergio Canavero, um dos mais famosos do mundo, deu uma entrevista para a revista alemã Ooom e deu detalhes sobre o futuro das tecnologias de transplante de cabeça e de cérebro, promentendo que teremos transplantes de cérebro até 2020, provavelmente.
O cirurgião é um dos mais respeitados do planeta e terá uma difícil missão no ano que vem: fazer o primeiro transplante de cabeça do planeta Terra. Além disso, ele já começou a planejar a execução do primeiro transplante de cérebro do mundo.
Segundo Canavero, ele e sua equipe já estão "planejando o primeiro transplante de cérebro do mundo" e ele diz considerar realístico dizer que "estaremos prontos em três anos, no máximo".
Canavero afirmou que o procedimento pretendido iria transportar o cérebro de um paciente para um crânio totalmente novo. Assim, teríamos o cérebro, a consciência e a personalidade da pessoa movendo de um corpo para outro, inteiramente novo.
Canavero afirmou que um transplante de cérebro teria vantagens em relação a um transplante de cabeça. Segundo ele, o cérebro é como um "órgão neutro", sem nenhum tipo de reação imunológica prevista na cirurgia, o que significa que o transplante não teria nenhuma rejeição com o novo corpo. Já em um transplante de cabeça, temos os nervos, tendões, veias, artérias e músculos que podem causar rejeição com o novo corpo.
Em contra partida, ele diz que a experiência psicológica de estar em um corpo diferente do seu pode ser muito forte e não sabemos como os pacientes vão reagir a isso.
Porém, Canavero afirmou que esse projeto pode ser um marco para a humanidade. Segundo ele, surgem dois grandes pontos filosóficos a partir dessa cirurgia: podemos viver para sempre?; e como é a vida após a morte?.
Canavero afirmou que assim que fizer o transplante de cabeça ou cérebro e a operação ter sucesso, teremos a resposta para a primeira pergunta. Segundo ele, o paciente estará clinicamente morto quando sua cabeça for separada do corpo e for interligada em outro corpo. Se tudo der certo e eles conseguirem reanimar o paciente, teremos um caso de pessoa que voltou a vida em ambiente operatório e poderá dar mais detalhes sobre o que acontece com a nossa consciência durante o momento da morte clínica.
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