Parece roteiro de filme de ficção científica, mas é a mais pura verdade: cientistas europeus querem transportar um punhado de antimatéria dentro de uma van.
Vamos explicar:
Antimatéria é um dos maiores mistérios do nosso universo atualmente. Ela é composta por elementos idênticos aos presentes no Universo, mas com cargas elétricas opostas.
Isso faz com que esses elementos se destruam e destruam as coisas ao seu redor caso entrem em contado com os elementos "normais" do universo, com as cargas elétricas "normais".
Localizado em Genebra, o CERN (Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear) é um dos mais famosos centros de cientistas do mundo e o primeiro a lidar com antimatéria. Em 95, eles criaram os primeiros átomos de anti-hidrogênio e em 2010 conseguiram desenvolver técnicas para preservá-los.
Além disso, o CERN é o único lugar da Terra com tecnologia o suficiente para criar antimatéria artificialmente.
Porém, algumas pesquisas sobre o assunto só podem ser realizadas em outros centros de tecnologia, o que cria um problema: como transportar um material que é capaz de explodir assim que entrar em contato com qualquer partícula de matéria (ou seja, qualquer coisa)?
Os cientistas do CERN parecem ter encontrado a resposta.
Eles estão trabalhando em um projeto que irá construir uma garrafa capaz de preservar antiprótons por semanas ou mais.
A ideia é que essa garrafa tenha campos magnéticos extremamente poderosos, capazes de suspender a antimatéria bem no centro do artefato.
No seu interior, estarão presentes elementos semelhantes ao do espaço sideral: temperatura perto do zero absoluto e vácuo.
Se tudo correr como o planejado, a garrafa será uma espécie de "universo" onde a antimatéria poderia existir.
Então a garrafa seria colocada em uma van do CERN e transportada para o ISOLDE, um laboratório próximo que faz experimentos com isótopos radioativos.
Se tudo der certo, a antimatéria poderá ser transportada para vários lugares do mundo e muitos novos cientistas poderão trabalhar no tema e explorar suas características e aprofundar nossos conhecimentos.
O risco é alguém resolver utilizar essa tecnologia para construir uma bomba muito, muito destrutiva.
E aí, o que você achou da novidade? Preocupado ou entusiasmado?