Você já viu alguma ficção científica onde existem aqueles hologramas em 3D, normalmente usados para comunicação e ou jogos? Por exemplo, em Star Wars há a clássica mensagem da Leia para Obi Wan, que é um ícone claro desse tipo de holograma.
Aos poucos, essa tecnologia deixa de ser uma exclusividade das ficções científicas e passa a fazer parte da realidade.
Segundo um artigo da revista Nature, um grupo de cientistas conseguiu criar um sistema de reprodução de imagens que segue essa lógica das ficções-científicas.
Os pesquisadores da Universidade Brigham Young, nos EUA, criaram esses hologramas tridimensionais que, na verdade, são "imagens volumétricas", ou seja, imagens com volume capazes de ocupar o mesmo espaço que pessoas ou objetos.
O novo sistema, chamado de Optical Trap Display (OTD), ou algo como "tela de aprisionamento ótica" em tradução livre, consegue capturar pequenas partículas em suspensão no ar e as move rapidamente, enquanto lasers coloridos iluminam as partículas.
Conforme as partículas vão se movendo pelo ar, o sistema combina as cores primárias para formar imagens e os rastros de luz das partículas formam o efeito 3D da coisa, dando a aparência de solidez.
O trabalho é tão incrível que as imagens conseguem ter resolução de até 1,6 mil pontos por polegada. Para se ter uma noção, uma foto comum impressa tem cerca de 300 dpi e os smartphones mais modernos hoje em dia possuem cerca de 500 dpi de resolução de tela.
Para você ter uma noção do efeito, veja um vídeo mostrando o sistema funcionando. Porém, lembre-se de um detalhe: como a taxa de atualização dos vídeos (os frames por segundo) diferem da velocidade da partícula, vai parecer que a imagem está "em movimento" no vídeo. É igual ao efeito de uma televisão aparecendo dentro de um vídeo, fica com aquela "linha" passando pela tela.
Por enquanto, o único problema desse sistema é que ele só consegue manipular uma partícula por vez no ar. Isso significa que as imagens criadas ainda são pequenas e com pouco efeito comercial prático.
Porém, assim que os cientistas conseguirem manipular mais partículas ao mesmo tempo, provavelmente começaremos a ter nossos hologramas em 3D em celulares, computadores e afins.
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