A AT&T, gigante das telecomunicações nos EUA, anunciou nesse fim de semana a compra da Time Warner por cerca de $85 bilhões de dólares.
A empresa fechará negócio nos seguintes moldes: metade do pagamento será feito em dinheiro, enquanto a outra metade em ações da própria AT&T.
O acordo foi fechado no preço de $107,50 dólares por ação, que resultará em cada acionista da Time Warner recebendo $53,75 em dinheiro e outros $53,75 em ações da Time Warner.
Quando o acordo for concretizado, os acionistas da Time Warner vão possuir algo entre 14,4% e 15,7% da AT%T e os produtos da Time Warner vão representar 15% dos lucros da gigante das telecomunicações.
De acordo com a AT&T, o acordo deverá reduzir os gastos da empresa em cerca de $1 bilhão de dólares por ano nos três primeiros anos dessa junção.
Por todo esse caminhão de dinheiro, a AT&T receberá todas as propriedades intelectuais e empresas do grupo Time Warner, incluindo aí canais como a HBO e a CNN, além da Warner Bros. Studios.
Ou seja: a AT&T entra com tudo no mundo do entretenimento possuindo um dos principais canais de séries de TV dos EUA (HBO), uma das principais empresas de jornalismo (CNN), um dos principais estúdios de cinema (Warner Bros.) e uma das principais editoras de quadrinhos (DC Comics).
Dessa forma, a AT&T (que vende pacotes de TV a cabo, por exemplo) poderá fornecer um melhor serviço para seus assinantes que queiram canais como CW, CNN, HBO, TBS, Cartoon Network, Adult Swim e até mesmo a Cinemax.
Esse negócio, porém, não foi bem recebido pelo Senado Americano. O Senador Al Franken emitiu um comunicado lamentando o negócio:
"A compra da Time Warner pela AT&T por mais de $80 bilhões levanta algumas preocupações sobre a consolidação no mercado da mídia, que é uma área que eu tenho trabalhado por anos. Eu sou muito cético sobre junções de grandes empresas de mídia porque elas costumam levar a preços maiores, menos escolhas e um serviço ainda pior para os consumidores. E os reguladores costumam concordar com isso, como quando a Comcast não conseguiu comprar a Time Warner Cable, num acordo que eu fui radicalmente contra. Nos próximos dias, vou pressionar ainda mais para obter mais detalhes sobre esse acordo e como ele afetará o consumidor americano, que merece acesso ao conteúdo que quiser e cujo bolso continua a ser atacado por preços cada vez maiores de acesso a Internet e TV a cabo".
Vamos esperar para ver como essa situação se desenrola e o que sairá desse acordo.