A PlayStore da Google vem sofrendo muito com a segurança dos aplicativos oferecidos na plataforma. Recentemente um WhatsApp falso foi baixado por mais de um milhão de usuários, e agora o aplicativo “Advanced Battery Saver”, um malware, foi baixado mais de 60 mil vezes. A Apple, em comparação, consegue manter sua loja de aplicativos muito mais segura do que a Google.
Esses aplicativos podem ter diversos objetivos, desde simplesmente carregar anúncios no celular da vítima até mesmo roubar dados confidenciais, como senhas fotos pessoais, emails, número de telefone, localização, entre outros. Por essa razão é importante que os usuários se atentem na hora de instalar os aplicativos no seu smartphone assim como é essencial que a Google melhore seu sistema de verificação de aplicativos.
Com relação aos mais recentes acontecimentos, o WhatsApp falso tinha como objetivo único instalar outro aplicativo que enviava anúncios para o usuário frequentemente. Esse tipo de golpe afeta o usuário que acaba tendo dados móveis utilizados, menor autonomia da bateria e uma experiência ruim com o smartphone. Mas, em termos financeiros, a principal vítima é quem pagou pelo anúncio, que em geral paga por cada clique, e nesses casos, os cliques certamente não são “reais”, ou de pessoas interessadas nos produtos.
Já o Advanced Battery Saver é diferente, a promessa de economia de bateria era, de fato, cumprida. O aplicativo funcionava encerrando aplicativos que consumiam muita bateria no background. No entanto, enquanto o aplicativo fazia sua verdadeira função, ele também realizava, de maneira espontânea, cliques em anúncios além de interagir via SMS em algumas situações.
O usuário que instalava esse aplicativo tinha seu número e localização expostos, além de ter que pagar por taxas de serviços de SMS. Novamente, pode-se dizer que o anunciante é a principal vítima do aplicativo, pois, os cliques falsos eram registrados e o criador do aplicativo se enriquecia de maneira ilícita.
Como já dito, a Apple tem se mostrado muito mais eficiente no seu sistema de verificação de aplicativos. Outra empresa que se preocupa em apresentar somente opções seguras aos seus clientes é a casinocontaatras.com, que só indica os cassinos mais confiáveis da internet.
É importante que a Google também encontre maneiras de evitar que tais aplicativos sequer estejam disponíveis na sua loja oficial. Atualmente, a gigante das buscas conta com métodos automáticos de verificação que são, eventualmente, complementados por humanos. E, em sua defesa, a companhia afirma que mais de 700 mil aplicativos foram removidos no ano de 2017.
Como boa parte do sistema é automatizado, é possível que, como o aplicativo de fato executava a função que prometia, o sistema permitiu que o mesmo fosse disponibilizado na Play Store. O pior é que o aplicativo era disponibilizado por uma companhia cadastrada como “Google Commerce Ltd”. O nome da empresa era, claramente, falso, mas servia para dar credibilidade ao aplicativo.
A RiskIQ, após identificar a verdadeira função do aplicativo, informou a Google que, por sua vez, removeu o aplicativo da loja. Mas quem criou o aplicativo também conta com métodos alternativos para continuar instalando o programa em outros smartphones. Um anúncio agressivo é mostrado para quem navega determinadas páginas dizendo que existe uma aplicação que deixará o telefone mais rápido e com maior autonomia.
De modo geral, recomenda-se que não se instale nenhum aplicativo que seja recomendada de maneira agressiva. Se você tiver dúvidas, pesquise antes e veja se o aplicativo é, de fato, legítimo.
Caso sua bateria esteja sendo drenada com muita rapidez, o próprio sistema do Android possui uma lista que mostra quais aplicativos estão consumindo maior nível de energia. Por fim, o Avast, empresa de segurança online, publicou uma lista com os principais vilões das baterias e do armazenamento. Imagina-se que a Samsung e a Google não ficaram muito felizes pois dentre os 10 aplicativos citados 6 pertenciam a Google e os outros 4 eram da gigante sul-coreana.