Existe atualmente uma "guerra fria" (ou talvez não tão fria assim) entre os Correios do Brasil e a empresa AliBaba, gigante asiática responsável pelo site AliExpress.
O conflito é o seguinte: o Brasil importa muita coisa do AliExpress. São toneladas de produtos que chegam diariamente de navios chineses.
Segundo os Correios, são de 100 a 300 mil produtos novos por dia, a maioria vindos do AliExpress.
Isso aumenta a carga de trabalho dos Correios, que não consegue dar vazão com velocidade a tudo isso.
Portanto, a estatal começou a adotar medidas contra as importações do AliExpress: a primeira foi obrigar a declaração de conteúdo em todas as encomendas. A segunda, mais recente, foi a taxa de R$ 15 por encomenda internacional.
Agora, o AliBaba, empresa responsável pelo AliExpress, responde ao ataque dos Correios. E o foco do contra-ataque chinês é o aeroporto de Viracopos, em Campinas.
Segundo a Folha de São Paulo, o aeroporto de Viracopos passa por uma grave crise financeira: suas operações são muito caras e não há, hoje, um projeto viável que possa manter o aeroporto em funcionamento.
Aí que entre o Alibaba: como a empresa chinesa enfrenta ataques dos Correios e o aeroporto de Viracopos está desesperado por dinheiro, a empresa chinesa estuda um projeto para utilizar os galpões do aeroporto como um centro de distribuição de produtos.
No Brasil, a Alibaba é representada pela Global Logistic Properties, que já entrou em negociação com o aeroporto para tocar o projeto.
Por enquanto, a ideia é que os aviões chineses, que trarão as cargas de importação tenham prioridade em relação a outros aviões.
Ou seja: a Alibaba teria o controle da concessão do Viracopos, praticamente acabaria com o tráfego de passageiros ali (que já é pequeno e em declínio) e usaria o aeroporto como base operacional para trazer seus produtos. A parti dali, iniciariam as entregas das encomendas pelo Brasil, substituindo os Correios nesse ponto.
A questão é saber se isso seria viável economicamente para a empresa, se seria mais barato para o consumidor brasileiro e os efeitos na saúde financeira dos Correios.
E aí, o que achou da novidade? Será que assim as encomendas no AliExpress chegarão mais rapidamente na sua casa? Deixe um comentário abaixo!